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Vivemos no pior mundo possível

Estamos em completa desvantagem.

Vivemos num universo que o visível tem muito valor.

Não pelos motivos óbvios, mas por que as pessoas são deficientes visuais nos demais aspectos.

Reis falsos aparentemente governam (1 Sm 18), e reis verdadeiros fogem (1 Sm 22:1-2).

Injustos banqueteiam (Dn 5), e justos choram (Mt 2:16-18).

Se ao menos pudéssemos visualizar aquilo que cada um carrega dentro de si.

Se por um momento Deus abrisse nossos olhos para que pudéssemos ver como a mentira se parece.

E admirar como a verdade é bela.

Não seríamos enganados por tanto tempo.

Muitas pessoas andam sobre a face da terra sem enxergar o que elas realmente são, ou como elas realmente se parecem.

Conseguimos ver um anel de ouro no dedo, mas não podemos ver a fidelidade ou o amor.

Não é como se houvesse algo de errado na roupa de marca, ou na conta do banco.

Mas a pergunta é: o que tem de baixo disso tudo?

É algo que valha a pena esconder?

Quem dera pudéssemos ver.

Assim como é fácil distinguir um homem de uma mulher ou um rico de um mendigo.

Seria excelente se pudéssemos ver a realeza que cada um carrega em seu coração, e a crueldade que outros cultuam.

Por que diferentemente da realidade que conhecemos, estes teriam que trabalhar seu interior para modificar sua aparência.

Teriam que lapidar seus corações se quisessem brilhar e não comprar jóias (Joel 2:13).

"O essencial é invisível aos olhos"
Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

Ninguém compra humildade. Não se acha maturidade em lojas. Ainda que tentem, ninguém pode oferecer fidelidade, mansidão, e nem mesmo domínio próprio (Is 55:1-2).

Isso tudo é fruto do espírito (Gl 5:22). É galardoado a todos que O buscam (Hb 5:6) e conquistado em meio a tribulações (Rm 5:3-5).

É definitivamente triste ver um cego que nunca pôde contemplar o céu.

Mas é muito mais triste ver outro cego que nunca pôde contemplar a glória de Deus no coração daqueles que Ele habita.